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Grupo de pesquisa que promove o uso de evidências para dar suporte à tomada de decisão



Descrição: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica altamente prevalente e que pode ser controlada com o tratamento farmacológico adequado. A fim de evitar a variabilidade ou ainda arbitrariedades no processo de cuidado em saúde tem sido recomendado o emprego de guias de prática clínica (GPC). Nos últimos vinte anos, o número desses documentos tem aumentado embora haja preocupação com a qualidade metodológica do processo de elaboração. Dessa forma, instrumentos que norteiam a elaboração ou a avaliação da qualidade metodológica desses guias estão disponíveis, sendo o Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation II (AGREE II) um dos principais. Sendo o processo de desenvolvimento caro e demorado, uma opção é a análise da qualidade dos guias disponíveis de forma a selecionar os melhores e adaptar suas recomendações para a necessidade local, empregando sistemática já validada (ADAPTE). Sabendo que o único GPC sobre o tratamento farmacológico de hipertensão arterial sistêmica disponível no Brasil apresenta baixa qualidade metodológica, propõe-se uma busca sistemática por GPC em bases internacionais, avaliação da qualidade empregando o AGREE II para seleção dos melhores e elaboração de matriz de recomendações para que possa subsidiar processo de adaptação de GPC.
Estima-se que até 2025 o Brasil terá o sexta maior população de idosos do mundo. O envelhecimento apresenta um impacto significativo em diferentes esferas da sociedade, afetando seu desenvolvimento e funcionamento e, influenciando o bem-estar tanto dos idosos quanto da população jovem. Com o envelhecimento da população, sabe-se que a demanda por medicamentos que retardem e tratem doenças crônicas, aliviem a dor e melhorem a qualidade de vida continua a aumentar. A alta prevalência de multimorbidades exige uma complexa farmacoterapia, levando ao uso de diversos medicamentos ao mesmo tempo (polifarmácia) e que, particularmente na população idosa, apresenta potenciais efeitos adversos e interação entre medicamento e doença. Comumente observam-se problemas de saúde induzidos pelo uso de medicamentos em idosos, decorrência de interações medicamentosas, dosagens inadequadas e maior frequência de reações adversas imprevisíveis por meio de combinações de mecanismos ainda não totalmente esclarecidos. Entende-se competição terapêutica a interação medicamento-doença em que o tratamento recomendado para certa condição pode alterar negativamente (competir com) outra condição coexistente. Embora haja uma grande preocupação por parte das entidades governamentais em relação a alta prevalência de multimorbidades na população idosa, ainda são escassos os estudos e diretrizes clínicas que abordam o tema competição terapêutica. Neste âmbito, este projeto tem como objetivo determinar a prevalência de competições terapêuticas para as doenças mais prevalentes em idosos brasileiros. Para o desenvolvimento do estudo será utilizado o banco do estudo de coorte SABE (Saúde, bem-estar e evelhecimento) e diretrizes clínicas nacionais ou internacionais (quando não houver nacionais) para o tratamento de condições crônicas de maior prevalência entre idosos. Com os resultados deste projeto pretende-se auxiliar na escolha da melhor terapia para os idosos com multimorbidades.
Estudo da prevalência de competições terapêuticas em idosos com multimorbidade da comunidade
Síntese de recomendações: um recurso para subsidiar o processo de adaptação de Guia de prática clínica para o tratamento de hipertensão arterial sistêmica.
O envelhecimento populacional implica em aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que constituem um problema de saúde pública, atingindo fortemente os grupos mais pobres e vulneráveis da população mundial. A ocorrência simultânea de condições crônicas múltiplas, num mesmo indivíduo, tem recebido a denominação de multimorbidade. Ainda hoje é limitada a evidência científica disponível para dar suporte à decisão do médico sobre o cuidado de pacientes com multimorbidades. Além disso, a prática clínica tem sido determinada por diretrizes terapêuticas cuja evidência científica surgiu de estudos que consideravam indivíduos que apresentassem apenas a condição de interesse e que raramente incluíram idosos, especialmente aqueles com multimorbidades.
O objetivo deste projeto é desenvolver material de apoio aos prescritores para dar suporte à decisão clínica no tratamento de idosos com multimorbidade, no âmbito da atenção primária à saúde. O projeto será desenvolvido nas seguintes etapas: identificar as diretrizes terapêuticas disponíveis para o tratamento das DCNT mais prevalentes; relacionar os medicamentos preconizados; propor algoritmos de tratamento para as DCNT elencadas; e, desenvolver material de apoio para auxílio do tratamento de idosos com multimorbidade. Espera-se reunir evidência científica que possa embasar a discussão sobre o tratamento de idosos com multimorbidade e/ou identificar as lacunas de conhecimento ainda existentes nesse aspecto. Com a análise dos resultados espera-se a elaboração de algoritmos de tratamento que considerem as particularidades do cuidado ao paciente idoso.
Desenvolvimento de material de apoio a prescritores para dar suporte a decisão clínica no tratamento de idosos com multimorbidade no âmbito da atenção primária à saúde no SUS

Descrição: A depressão configura-se como um dos maiores problemas de saúde pública do século XXI. Pessoas acometidas por essa doença, além de apresentarem maiores gastos com saúde, tornam-se mais propensas ao desenvolvimento de doenças crônicas, problemas de relacionamento e suicídio. Para o tratamento de doenças como a depressão são elaborados guias de prática clínica que se destinam a aperfeiçoar os cuidados com os pacientes prestados pelos profissionais e gestores de saúde. Nas últimas décadas, houve um crescimento no número de publicações dos guias de prática clínica (GPCs). Concomitantemente a isso, houve o aumento acerca da preocupação em relação à qualidade metodológica desses materiais. Considerando a insegurança acerca da qualidade dos GPCs, torna-se de fundamental importância o desenvolvimento deste estudo, que objetiva a avaliação da qualidade dos GPCs para o tratamento da depressão. Para avaliar a qualidade dos GPCs será utilizado o instrumento AGREE II (Appraisal of Guidelines for Research and Evaluation). A partir dos resultados deste estudo, os melhores GPCs para o tratamento farmacológico da depressão serão identificados.
Avaliação da qualidade metodológica dos guias de prática clínica para o tratamento da depressão utilizando o instrumento AGREE II


Descrição: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) constitui uma das enfermidades de maior prevalência no grupo das doenças digestivas. Esta condição traz prejuízos à qualidade de vida da população afetada. Além de possuir várias formas de apresentação clínica, a DRGE pode ser tratada utilizando-se de aspectos comportamentais, intervenção farmacológica ou nos casos mais graves, procedimentos cirúrgicos. Devido a variedade de opções de diagnóstico e tratamento, muitos profissionais de saúde recorrem às guias de prática clínica (GPC) ao decidir qual a melhor opção para o paciente. De fato, GPC podem ser úteis para nortear a prática clínica desde que sejam elaboradas obedecendo a critérios de boa qualidade metodológica, visto que suas recomendações impactam diretamente na conduta dos profissionais de saúde e consequentemente na vida dos pacientes. O objetivo deste projeto é avaliar a qualidade de guias de prática clínica internacionais que abordem o tratamento farmacológico da doença do refluxo gastroesofágico. Para o desenvolvimento deste projeto será realziada uma revisão sistemática dos GPC internacionais que contenham recomendações sobre o tratamento farmacológico da DRGE e avaliação da qualidade dos mesmos por meio do instrumento validado Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation II (AGREE II). Espera-se que os resultados deste trabalho possam inferir sobre como está a qualidade das GPC relacionadas ao tratamento farmacológico da DRGE. Avaliações como estas são necessárias pois revelam como está a qualidade das GPC, elucidando quais pontos podem ser melhorados, além de auxiliar os profissionais de saúde a decidirem qual é a melhor GPC a ser utilizada.
Avaliação da qualidade metodológica de guias de prática clínica que contenham recomendações para o tratamento farmacológico da doença do refluxo gastroesofágico

Descrição: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são doenças multifatoriais, de longa duração, tem na idade um fator agravante e são as enfermidades que mais matam atualmente. Como forma de melhorar, reduzir a variabilidade e uso de tecnologia custo-efetivas na prevenção e tratamentos das DCNT, governos ao redor do mundo passaram a elaborar guias de práticas clínicas (GPC). O GPC é um documento que ampara o profissional da área de saúde no momento da tomada de decisão clínica. No entanto, para ser efetivo, o GPC deve ser elaborado com rigor metodológico e transparência. Considerando que a criação ou a adaptação de GPC vem de encontro com a necessidade de sugerir tratamentos de alto nível e baixo custo e que os GPC de osteoporose e osteoartrite brasileiros são de baixa qualidade ou inexistentes, este projeto propõe a elaboração de GPC a partir de documentos desse tipo já existentes e publicados internacionalmente. Os GPC para ambas as doenças, que contenham recomendações sobre seu tratamento farmacológicos, publicados nos últimos cinco anos, terão sua qualidade metodológica avaliada por meio do instrumento AGREE II. Assim, serão definidos os GPC de maior qualidade, que terão suas recomendações incluídas em uma matriz, de forma a possibilitar posterior processo de adaptação de GPC locais.
Sintese de recomendações: um recurso para subsidiar o processo de adaptação de guia de prática clínica para o tratamento de osteoporose e osteoartrite
